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Re: Algodres, que futura??

Na mensagem anterior nem tudo saíu correctamente como seria meu desejo. Assim, na primeira linha do segundo parágrafo deverá ler-se:" Quanto às raças autoctones compete aos pastores definir as raças que melhor se adaptam aos nossos terrenos..."

Re: Algodres, que futuro?

Embora os meus ascendentes sempre tenham vivido da agricultura - pouco mais do que subsistência - devo confessar que de agricultura nada percebo. Apesar disso, gostaria de aqui deixar o meu testemunho sobre aquilo que penso sobre o assunto:
a) A agricultura de minifundio está condenada em Portugal e não só em Algodres, por muito que nos custe aceitar esta realidade.
b) Relativamente a Algodres o futuro passa por associar esta actividade a outra profissão; por exemplo, pastor ou pedreiro e nas horas vagas fazer agricultura em solos onde a mecanização possa ter lugar (que são muito poucos, não só devido ao tamanho, como à falta de água).
A exploração de granito poderá ser outra alternativa, bem como a pastorícia. Com que raças? Bom, como foi dito pelo autor desta reflexão, as raças apontadas também poderiam ali ter cabimento, só que os pastores olham para a rentabilidade e a raça que mais produz é aquela que neste momento existe, se bem que lhe sejam apontados alguns inconvenientes, como sejam o manejo. Mas aquilo "com que se compram os meloões" neste momento fala mais forte. Um exemplo: se cicrano com 50 ovelhas a produzir tira 50 litros de leite por dia com esta raça, qual será o beltrano que arrisca sustentar outras 50 ovelhas de outra raça se apenas lhe consegue extrair 30 litros? Se o leite da churra ou mesmo da merino fosse pago mais caro... mas não, é pago todo ao mesmo preço. Competiria à indústria de lacticínios fazer a referida "diferenciação positiva", mas como ela o não faz, os pastores estão-se nas tintas para o assunto. Querem é mais litros no final do dia...
Muito mais haveria a dizer, mas o espaço é pouco e os conhecimentos escassos. Victor Bravo.

Re: Re: Algodres, que futuro?

É certo que a agricultura de subsistência e de minifundio, estão condenadas, mas já há bastante tempo.
O problema está em saber como dar a volta a esta situação, que empobrece todos os dias e cada vez mais Algodres, e não só Algodres.

Ora eu acho e continuo a achar, que cabe às pessoas que ocupam lugares dirigentes nas autarquias ou outras associações recreativas ou culturais, se existirem, o dever de se darem ao trabalho de refletir de como evitar a condenação a breve prazo de toda uma população à sua não existência.

Algodres continua a ter potencialidades agricolas natas que devem ser exploradas e redimensionadas, mas em colectivo, já que não mais é possivel ter exito de forma isolada.

- A produção de azeite em associação colectiva não é nad inpossivel de imaginar, haja vontade;
- A produçaõ de vinhos do célebre "ALGODRES DOS VINHOS"
- A produçaõ de frutos secos nomeadamente amendoa
- A pastoricia com raças autoctones nomeadamente da churra mondegueira para leite, e eventulamente do merino da Beira Baixa para produção de carne.
- Porque não a criação de cabradas de forma racional nas faias do Côa deixadas ao abandono.
- Porque não a criação de uma queijaria para aproveitamento dos recursos lacticos de Algodres?
O estado até subsidia estas iniciativas
- Porque não a constituição de reservas de caça próprias para exploração pelos Algodrenses para fins turisticos.
Tudo isto existe em Algodres por explorar pelos Algodrenses, não se pode é ficar sentados à espera que outros venham fazer, o que deve ser feito pelos da terra
Todos tem de intuir que tomar iniciativas no sentido do desenvolvimento e do progresso das populações locais é urgente, os de fora nada farão pelos Algodrenses.

Cumprimentos
Alberto Moreira