Por razões familiares, vim parar a Algodres e desde o primeiro dia que aqui cheguei, encomtrei uma paisagem que me agradou de sobremaneira e desde então, já la vão 11 anos, fiquei amante destas paragens.
Por infelicidade da morte de meu sogro, António Almeida André, o Ti Crespo, tive de olhar com outra perspectiva para a realidade desta terra, perspectiva que devo dizer tinha já há algum tempo, e ela é que ninguém se interessa verdadeiramente por esta terra e em particular da sua população.
Se não como se compreende que se esteja a assistir de forma impavida e serena à venda ao desbarato de terras a pessoas supostamente "os espanhóis" que ninguem conhece, nem os seus intentos, de certeza não será para o desenvolvimento de Algodres, com a cumplicidade do presidente da junta de freguesia de Algodres, mais interessado em tirar dividendos pessoaos do que verdadeiramente zelar pelo interesse dos habitantes que representa.
- Sendo Algodres uma terra onde abunda o OLIVAL, porque não a criação de uma associação/cooperativa de olivicultores de Algodres''
- No passado Algodres era afamada pela qualidade dos seus vinhos, pelo que Algodres era conhecida por "ALGODRES DOS VINHOS", porque não se aproveita esta designação e este bom nome e se desenvolve um sector vitivinicola de qualidade em Algodres???
- Algodres tem qualidades na area pastoricia completamente desaproveitada onde existe um elevado potencial para a introdução das raças autoctones, como sejam a "churra Mondegueira" ou o "merino da Beira Baixa",porque não o completo aproveitamento das potencialidades de pasto adequado a estas raças??
- Porque não se perspectiva o desenvolvimento de Algodres de forma racional, utilizando os recursos que já existem, sem estar a pensar em grandes projectos que nada tem a ver com a realidade Algodrense??
- Será que o presidente da junta de freguesia em vez de estar a incentivar as pessoas a vender as suas propriedades, privando-as no futuro de qualquer seguro, não poderá antes pensar neste tipo de projectos que por certo proporcionaria rendimentos com alguma solidez futura para a todos os Algodrenses??
- Será que existem Algodrenses verdadeiramente interessados na sua terra dispostos a por ela lutar??
aguardo noticias
Cordiais cumprimentos a todos os algodrenses.

Em meu entender, este site e, nomeadamente este forum, deverá servir para conviver, para esclarecer, para, de algum modo, melhorar Algodres, sim, e tudo o que a esta querida aldeia diz respeito. Não deverá servir NUNCA para acusar ou para desrespeitar seja quem for.
Assim, sou completamente contra este tipo de discurso e peço o favor a quem o escreveu de não fazer acusações. Acredito que as sugestões que faz para o desenvolvimento de Algodres sejam válidas, essas e outras serão bem vindas, se as fizer num tom construtivo, de valorização da terra e das pessoas.
Desse modo - e só assim! - estará a contribuir para o bem de todos.

Sr.Alberto Moreira

As terras que o senhor afirma estarem a ser compradas por "espanhóis" não corresponde à realidade. São terras englobadas no Parque Natural do Vale do Côa e estão compradas pela TRANSUMÂNCIA E NATUREZA com sede na Vermiosa. Era o que faltava a Junta de Freguesia intrometer-se na vida particular dos proprietários que entendem realizar mais-valias com a venda das propriedades que se encontram abandonadas!!! A entidade referida compra as ditas propriedades para preservação da fauna e flora existente e em vias de extinção. Relativamente ao olival e vinhas, como sabe, em ALGODRES não existe espírito cooperativo e as mentalidades não se modoficam numa geração. Leva dezenas de anos... não é missão da junta promover tal espírito, contudo, está a ser implantada no concelho uma empresa municipal com o intuito de fomentar o desenvolvimento e protecção dos produtos agrícolas do concelho, por forma a rentabilizar a comercialização dos nossos produtos, no país e no estrangeiro.
Quanto às raças autoctones definir as raças que melhor se adaptam aos nossos terrenos, havendo no passado algumas experiências que, infelizmente, não resultaram. Também aqui a junta não deve nem pode intrometer-se... cada um manda em sua casa!!! A Junta de Freguesia não incentiva a venda de coisa nenhuma, por não ter competências para tal. Quanto aos grandes projectos bem gostaríamos de tê-los!...
Apresento em nome da Junta de Freguesia cordiais saudaçõea algodrenses, reservando para um futuro próximo, quando por aqui passar, os adicionais esclarecimentos, que em boa verdade não regatearei fornecê-los, para clarificar algumas dúvidas. Um abraço. Marcos Velho.

Sr.Alberto Moreira

As terras que o senhor afirma estarem a ser compradas por "espanhóis" não corresponde à realidade. São terras englobadas no Parque Natural do Vale do Côa e estão compradas pela TRANSUMÂNCIA E NATUREZA com sede na Vermiosa. Era o que faltava a Junta de Freguesia intrometer-se na vida particular dos proprietários que entendem realizar mais-valias com a venda das propriedades que se encontram abandonadas!!! A entidade referida compra as ditas propriedades para preservação da fauna e flora existente e em vias de extinção. Relativamente ao olival e vinhas, como sabe, em ALGODRES não existe espírito cooperativo e as mentalidades não se modoficam numa geração. Leva dezenas de anos... não é missão da junta promover tal espírito, contudo, está a ser implantada no concelho uma empresa municipal com o intuito de fomentar o desenvolvimento e protecção dos produtos agrícolas do concelho, por forma a rentabilizar a comercialização dos nossos produtos, no país e no estrangeiro.
Quanto às raças autoctones definir as raças que melhor se adaptam aos nossos terrenos, havendo no passado algumas experiências que, infelizmente, não resultaram. Também aqui a junta não deve nem pode intrometer-se... cada um manda em sua casa!!! A Junta de Freguesia não incentiva a venda de coisa nenhuma, por não ter competências para tal. Quanto aos grandes projectos bem gostaríamos de tê-los!...
Apresento em nome da Junta de Freguesia cordiais saudaçõea algodrenses, reservando para um futuro próximo, quando por aqui passar, os adicionais esclarecimentos, que em boa verdade não regatearei fornecê-los, para clarificar algumas dúvidas. Um abraço. Marcos Velho.

Na mensagem anterior nem tudo saíu correctamente como seria meu desejo. Assim, na primeira linha do segundo parágrafo deverá ler-se:" Quanto às raças autoctones compete aos pastores definir as raças que melhor se adaptam aos nossos terrenos..."

Embora os meus ascendentes sempre tenham vivido da agricultura - pouco mais do que subsistência - devo confessar que de agricultura nada percebo. Apesar disso, gostaria de aqui deixar o meu testemunho sobre aquilo que penso sobre o assunto:
a) A agricultura de minifundio está condenada em Portugal e não só em Algodres, por muito que nos custe aceitar esta realidade.
b) Relativamente a Algodres o futuro passa por associar esta actividade a outra profissão; por exemplo, pastor ou pedreiro e nas horas vagas fazer agricultura em solos onde a mecanização possa ter lugar (que são muito poucos, não só devido ao tamanho, como à falta de água).
A exploração de granito poderá ser outra alternativa, bem como a pastorícia. Com que raças? Bom, como foi dito pelo autor desta reflexão, as raças apontadas também poderiam ali ter cabimento, só que os pastores olham para a rentabilidade e a raça que mais produz é aquela que neste momento existe, se bem que lhe sejam apontados alguns inconvenientes, como sejam o manejo. Mas aquilo "com que se compram os meloões" neste momento fala mais forte. Um exemplo: se cicrano com 50 ovelhas a produzir tira 50 litros de leite por dia com esta raça, qual será o beltrano que arrisca sustentar outras 50 ovelhas de outra raça se apenas lhe consegue extrair 30 litros? Se o leite da churra ou mesmo da merino fosse pago mais caro... mas não, é pago todo ao mesmo preço. Competiria à indústria de lacticínios fazer a referida "diferenciação positiva", mas como ela o não faz, os pastores estão-se nas tintas para o assunto. Querem é mais litros no final do dia...
Muito mais haveria a dizer, mas o espaço é pouco e os conhecimentos escassos. Victor Bravo.

É certo que a agricultura de subsistência e de minifundio, estão condenadas, mas já há bastante tempo.
O problema está em saber como dar a volta a esta situação, que empobrece todos os dias e cada vez mais Algodres, e não só Algodres.

Ora eu acho e continuo a achar, que cabe às pessoas que ocupam lugares dirigentes nas autarquias ou outras associações recreativas ou culturais, se existirem, o dever de se darem ao trabalho de refletir de como evitar a condenação a breve prazo de toda uma população à sua não existência.

Algodres continua a ter potencialidades agricolas natas que devem ser exploradas e redimensionadas, mas em colectivo, já que não mais é possivel ter exito de forma isolada.

- A produção de azeite em associação colectiva não é nad inpossivel de imaginar, haja vontade;
- A produçaõ de vinhos do célebre "ALGODRES DOS VINHOS"
- A produçaõ de frutos secos nomeadamente amendoa
- A pastoricia com raças autoctones nomeadamente da churra mondegueira para leite, e eventulamente do merino da Beira Baixa para produção de carne.
- Porque não a criação de cabradas de forma racional nas faias do Côa deixadas ao abandono.
- Porque não a criação de uma queijaria para aproveitamento dos recursos lacticos de Algodres?
O estado até subsidia estas iniciativas
- Porque não a constituição de reservas de caça próprias para exploração pelos Algodrenses para fins turisticos.
Tudo isto existe em Algodres por explorar pelos Algodrenses, não se pode é ficar sentados à espera que outros venham fazer, o que deve ser feito pelos da terra
Todos tem de intuir que tomar iniciativas no sentido do desenvolvimento e do progresso das populações locais é urgente, os de fora nada farão pelos Algodrenses.

Cumprimentos
Alberto Moreira