A nossa queridíssima amiga Mimi Costa lançou a toda a comunidade algodrense um bonito desafio, para o qual ainda não houve qualquer resposta. Como ultimamente não temos comunicado, ainda não foi possível manifestar-lhe a minha opinião sobre o assunto, contudo, faço-o publicamente para que todos fiquemos a saber o mesmo. Poucos serão aqueles que têm fotografias da época solicitada porque nessa altura a fotografia era um luxo mais do que dispensável para a esmagadora maioria das famílias algodrenses. A não ser Os Cunhas, os Costas, os Patrícios, os Vilhenas e os Andrês poucas ou nenhumas famílias possuiam máquina fotográfica. Na maioria dos casos, a primeira fotografia era tirada "à la minuta" no dia da primeira comunhão " a 13 de Maio" e a segunda no dia em que se ingressava na tropa ( no caso dos rapazes), ou no dia do casamento. Para não ir mais além, poderei falar-vos em nome pessoal: que me lembre, a primeiras fotografias que tirei foi para o bilhete de identidade - nem sequer houve no dia da primeira comunhão, porque a carteira devia estar apenas cheia de ar - e as segundas talvez aos 14/15 anos, com uma Kodac do nosso amigo e conterrâneo Guilherme Monteiro, mas muito mal tiradas, porque a máquina era rudimentar e os conhecimentos da arte de fotografar inexistentes, de tal forma que a maioria delas foram tiradas contra a luz solar. Assim sendo, quem está então em condições de responder ao apelo da MIMI? Praticamente ninguém...ou melhor, ninguém.
A não ser a Ceuzinha Patrício Rodrigues, quem mais poderia corresponder ao apelo? Mimi, não é falta de interesse... apenas falta de matéria-prima. Nos anos sessenta as preocupações doa algodrenses eram bem diferentes das dos nossos dias... estou certinho disso. Mas com exposição de fotos ou sem ela, o convívio vai ser de arromba e por ser irrepetível ficará nos anais da nossa lembrança. Daqui por muitos anos continuará a ser lembrado...
Até um dia destes. Victor Bravo.
